Brasil tem 11 queijos entre os 15 melhores do mundo

Brasil tem 11 queijos entre os 15 melhores do mundo

O Brasil foi destaque do 3º Mundial do Queijo, evento internacional que aconteceu em São Paulo de 11 a 14 de abril. Dos quinze selecionados como os melhores do mundo, entre mais de 1,9 mil produtos de quatorze países diferentes, onze são nacionais. Na primeira etapa do concurso, 300 jurados deram medalhas — super ouro, ouro,

O Brasil foi destaque do 3º Mundial do Queijo, evento internacional que aconteceu em São Paulo de 11 a 14 de abril. Dos quinze selecionados como os melhores do mundo, entre mais de 1,9 mil produtos de quatorze países diferentes, onze são nacionais.

Na primeira etapa do concurso, 300 jurados deram medalhas — super ouro, ouro, prata e bronze — após as avaliações. Na segunda parte, 15 profissionais mais experientes provaram novamente os queijos eleitos na categoria super ouro. Cada um escolheu um produto para defender com argumentos o motivo de merecer ser eleito o melhor do mundo.

O vencedor foi o Morro Azul, da Pomerode Alimentos, empresa de Santa Catarina. O queijo desenvolvido pelos irmãos Bruno e Juliano Mendes é enrolado em uma cinta de carvalho e possui notas amanteigadas e aroma que lembra o cogumelo.

Feito com leite de vaca, possui casca branca mofada, massa mole no interior e outro prêmio recente: 1º colocado no 35º World Cheese Awards, na Noruega, em 2023, na categoria América Latina. De acordo com Juliano, a ideia de produzi-lo surgiu da vontade de criar queijos autorais.

“Quando a gente começou, fazíamos apenas produtos da Europa. Aos poucos, ficamos mais seguros e fomos aprendendo. Ele é um queijo de muita cremosidade. E como tem isso bem acentuado, acabaria não tendo estrutura, mas passamos uma cinta para não ficar deformado”, contou à Globo Rural.

A inspiração, segundo Borges, vem de um queijo suíço. “É parecido, mas não igual. Colocamos nossos gostos pessoais para criá-lo”, afirma.

Entre os quinze vencedores da principal categoria, onze são brasileiros. O sexto colocado, o Gigante do Bosque Florido, de Joanópolis (SP), é produzido com leite de cabra. “Nosso produto é bem trabalhado no tanque, prensado com fermentos muito especiais, maturado em dois meses e com adição de fungos naturais da própria câmara. A massa também é lisa, muito compacta, cremosa na boca e com boa elasticidade no toque”, explica Heloisa Collins.

Segundo a Heloisa, o prêmio é especial por valorizar o produto e reconhecer o trabalho que não começa na ordenha, mas no cuidado em escolher os melhores animais para a criação. “Para conseguir um queijo em um nível de qualidade que mereça uma boa premiação, é muito trabalho. Precisa do melhor leite que seja absolutamente saudável, dos melhores animais e depois tem o trabalho de fazer o queijo e acompanhar o processo diariamente durante a maturação”, revela.

Em oitavo lugar, ficou o Vale do Testo, também fabricado pelos irmãos Bruno e Juliano Mendes, de Pomerode (SC). Este produto passa por um processo de maturação de três meses, sendo lavado três vezes por semana em uma solução com água, sal e microorganismos para intensificar o sabor. A principal característica é a presença de notas aromáticas que lembram uma mistura de caldo de carne e amêndoas. Assim como o Morro Azul, não tem lactose.

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