O conceito de classes é histórico e pressupõe que toda sociedade não socialista compreende duas grandes categorias de classes: as classes dirigentes e as classes dominadas. A seguir, conheça conceitos centrais para compreender a dinâmica de classes sociais na sociedade capitalista contemporânea. Classes no feudalismo Referem-se aos estamentos: clero, nobreza e camponeses. Classe dominante Detém os instrumentos econômicos
O conceito de classes é histórico e pressupõe que toda sociedade não socialista compreende duas grandes categorias de classes: as classes dirigentes e as classes dominadas. A seguir, conheça conceitos centrais para compreender a dinâmica de classes sociais na sociedade capitalista contemporânea.
Classes no feudalismo
Referem-se aos estamentos: clero, nobreza e camponeses.
Classe dominante
Detém os instrumentos econômicos de produção.
Classe dominada
Necessita vender a sua força de trabalho.
Recursos da chamada burguesia
Financiam instrumentos de dominação (agremiações burguesas, partidos políticos, meios de comunicação, entre outros).
Mesmo com os dominados possuindo forças de negociação através de vários meios ao longo da história, como as lutas, sindicatos, ONGs, movimentos sociais e, agora, até as relações sociais virtuais, o poder de decisão ainda se encontra nas mãos dos dominantes.
Não podemos nos esquecer também do processo de dominação de forma simbólica e ideológica, proporcionado pela classe dominante, mas que, de acordo com Michel Foucault, encontra-se em várias instituições, no nosso dia a dia.
Burguesia
O Estado é o principal órgão de dominação política de uma classe sobre outras. Para conquistar o poder, a burguesia passou por um longo processo de formação, de crescimento e de aprendizagem. Saiba mais sobre esse processo a seguir.
Origem
A burguesia surge na Europa Ocidental sob forma mercantil e logo em seguida incorpora a participação dos artesãos urbanos.
Crescimento
Durante muito tempo o poder político esteve nas mãos da nobreza, dos grandes senhores de terras, o que não impediu o crescimento e o enriquecimento da burguesia. Com a formação das monarquias absolutistas (apoiadas pela burguesia), unificando territórios, mercados, leis, moedas, tributos etc., o poder político se concentrou nos reis.
Fortalecimento
Bastante enriquecida, uma parte da burguesia começou a comprar terras, conquistar títulos de nobreza e, inclusive, a assumir cargos nos governos. Apesar de continuar sendo uma classe subordinada, a burguesia se fortaleceu, adquiriu maior experiência e começou a vislumbrar a possibilidade de tomar o poder.
É interessante observar que, muito antes de assumir o poder em escala nacional e internacional, ou seja, em espaços limitados e fechados como os das cidades, e durante um certo período da história, a burguesia alcançou a posição de classe dominante. Em suas origens, na Idade Média europeia, os comerciantes começaram a concentrar-se em burgos (daí a denominação de burgueses), muitos dos quais desenvolveram-se como cidades de milhares de habitantes.
Durante a história da sociedade, a burguesia sempre utilizou diversos recursos, desde os mais autoritários até os mais sofisticados ou menos evidentes para se manter no poder.
Portanto, o conceito de classes não foi superado e a burguesia está aí na sociedade. É só parar e analisar um pouco para identificar a classe dominante e perceber que ela utiliza os seus mecanismos para manter a divisão “dominantes e dominados”, tais como: a repressão a movimentos sociais, a promoção dos períodos eleitorais, as propostas que nunca beneficiam de fato os trabalhadores, o tratamento aos imigrantes de qualquer origem, o controle das reivindicações igualitárias de mulheres e grupos minoritários, entre outros.
Fonte: Unopar
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